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ARTIGOS

domingo, 30 de agosto de 2015

ENEM - HISTÓRIA - GUERRA FRIA, CONTESTAÇÕES E REGINALDO ROSSI

O século XX é considerado como o século dos extremos, o século que, mesmo tendo cem anos, parece ter durado menos. Essa perspectiva relaciona-se ao fato de ter sido um período de intensas situações. Entre os acontecimentos que contribuíram para o século XX ter essa alcunha estão as guerras.

Só na primeira metade foram duas que foram registradas como mundiais. A partir da segunda metade (1945) foi iniciada a Guerra Fria, caracterizada pelo conflito principalmente ideológico que produziu algumas guerras dentre as quais destaca-se a guerra do Vietnã. Esta guerra movimentou muitas pessoas, tanto para guerrear quanto para contestar sua realização, sua continuidade.

Nessa contestação, destacaram-se jovens - os hippies - entre outras/os que evidenciaram a negação dos horrores da guerra e também o conflito de gerações.

Em 1967, o cantor Reginaldo Rossi gravou Mexerico dos Quadrados, que expõe questionamentos à ordem vigente que não aceitava as atitudes juvenis, que deixavam os cabelos crescerem, trajavam calças jeans e se recusavam a participar das maquinações de um mundo marcado pela barbárie.

Mostra para nós como a produção cultural sofre influências do contexto histórico, social no qual vive o/a artista.

Música é história.


#penseFORADACAIXA

MEXERICO DOS QUADRADOS

Seria bom que eles deixassem
De falar tanto da nossa geração
Seria bom que eles lembrassem
No tempo deles, quanta confusão

Ninguém tinha cabelo comprido
Mas em compensação eu nem sei por que
Fizeram duas guerras sem nexo
Enquanto que o meu mal é só dançar yê, yê, yê

Se uso a minha calça apertada
Isto não quer dizer que eu seja tantã
Talvez eu esteja com medo
Que me ponham na guerra do vietnã

O mundo será bem melhor
Quando todos eles entenderem que

É bom usar calça apertada
Usar cabelo grande e dançar yê, yê, yê

Usar a calça bem apertada
O cabelo bem grande e dançar yê, yê, yê

sábado, 29 de agosto de 2015

ENEM - HISTÓRIA - TROPICALISMO E CONTRADIÇÕES SOCIAIS BRASILEIRAS

O Tropicalismo foi o movimento político, artístico - cultural, enfim, que surgiu no Brasil em uma situação de questionamento acerca do que era o país, de tentar descobrir o que seríamos. Não se deve considerar o Tropicalismo como algo fechado pois buscou e dialogou com várias áreas, destacando o que se convencionou designar como indústria cultural. Há muita influência também da Semana de Arte Moderna e sua antropofagia.

Experimentalismo e exposição-denúncia de muitas das mazelas que a chamada modernização industrial trazia para o país podemos ver na produção tropicalista. Em PARQUE INDUSTRIAL, de Tom Zé, temos um desfile das contradições que tomavam contas das cidades que se tornavam grandes no Brasil. A industrialização é mostrada como arauto da salvação brasileira. A modernidade da cultura de massa informa, ao mesmo tempo, sobre a futilidade e o suposto desmoronamento dos valores morais e expunha a violência cotidiana através dos jornais populares.

Uma grande provocação.

Retocai o céu de anil
Bandeirolas no cordão
Grande festa em toda a nação.

Despertai com orações
O avanço industrial
Vem trazer nossa redenção.

Tem garota-propaganda
Aeromoça e ternura no cartaz,
Basta olhar na parede,
Minha alegria
Num instante se refaz

Pois temos o sorriso engarrafadão
Já vem pronto e tabelado
É somente requentar
E usar,
É somente requentar
E usar,
Porque é made, made, made, made in Brazil.
Porque é made, made, made, made in Brazil.

Retocai o céu de anil, ... ... ... etc.

A revista moralista
Traz uma lista dos pecados da vedete
E tem jornal popular que
Nunca se espreme
Porque pode derramar.

É um banco de sangue encadernado
Já vem pronto e tabelado,
É somente folhear e usar,
É somente folhear e usar.



terça-feira, 25 de agosto de 2015

ENEM - CORRUPÇÃO, RESPONSABILIZAÇÃO E ZECA BALEIRO

Um dos assuntos mais discutidos no Brasil neste ano é a corrupção e há grandes chances de ser tratada no ENEM. 

Uma forma de abordar o tema é começar definindo corrupção: usar o poder público para obter ou fornecer vantagens, sendo estas tanto interesses quanto dinheiro que, neste caso, por ser dinheiro público, oriundo das cobranças de impostos, configura-se crime contra a sociedade.

É muito comum não se perceber as contradições presentes nas reivindicações de punição contra corruptos/as. Muitos/as brasileiros/as nos orgulhamos de, sempre que necessário, conseguirmos "dar um jeito", o "jeitinho brasileiro". Muitas vezes esse "jeitinho" caracteriza-se pela resolução dos problemas através de artifícios ilegais ou imorais.

Usufruir do fato de conhecer alguém que possa "apagar" a multa recebida corretamente, oferecer uma troca de favores, pedir que o/a colega assine o nome para não levar falta na aula que não se quer assistir, oferecer um brinquedo novo para a criança se ela aumentar as notas no boletim escolar (nesse caso mostra-se para a criança uma forma de conseguir algo que precisa de esforço para superar dificuldades) são exemplos cotidianos, comuns que mostram a contradição entre ser contrário ao cenário político marcado por muita corrupção e, no dia a dia, cometer atos corruptos.

É fundamental que nos responsabilizemos pelos nossos atos. Não importa de qual partido se faça parte ou seja simpatizante. Não deve pender a balança da justiça para favorecer nenhum lado. O que deve-se atentar é para a indignação seletiva que toma conta das ruas e que parece que somos, cada um, um oásis de honestidade cercado por um deserto de desonestos/as.

RESPONSABILIZAÇÃO é a palavra que deve ser colocada em prática. POR TODAS/OS!

Zeca Baleiro pode nos ajudar a começar a pensar sobre o assunto.

FUNK DA LAMA

Tanto faz se é Ivete ou Shakira,
Tanto faz se é Sá, Rodrix ou Guarabira
Você vai ter que responder pelo que faz
Você vai ter que responder pelo que diz

Tanto faz se é pratão ou se é pelego
Tanto faz se é Pelé ou se é Diego
Você vai ter que responder pelo que faz
Você vai ter que responder pelo que diz

Bota a mão nas cadeiras
Vai até o chão com graça
A moral do chão não passa
Bota a mão nas cadeiras
Dança com malemolência
Bota a mão na consciência.

Vem cachorra, nem precisa de cama
O mundo tá atoladinho
O mundo tá atoladinho na lama

Vem cachorra, nem precisa de cama
O mundo tá atoladinho
O mundo tá atoladinho na lama

Tanto faz se é Demóstenes ou Palocci
Se é Fábio Melo ou Marcelo Rossi
Você vai ter que responder pelo que faz,
Você vai ter que responder pelo que diz

Tanto faz se Homem do Ano ou Mulher-Pera
Tanto faz se é Bolsonaro ou se é Gabeira
Você vai ter que responder pelo que faz
Você vai ter que responder pelo que diz

Bota a mão nas cadeiras
Vai ate o chão com graça
A moral do chão não passa
Bota a mão nas cadeiras
Dança com malemolência
Bota a mão na consciência

Vem cachorra, nem precisa de cama
O mundo tá atoladinho
O mundo tá atoladinho na lama