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ARTIGOS

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

TREINANDO PARA O ENEM - 2014 - POBREZA, MISÉRIA, PAPA FRANCISCO E OS SOCIALISTAS

Em História, uma das habilidades importantes para quem fará a prova nos próximos dias é identificar semelhanças e diferenças em tempos históricos diferentes e em espaços diversos também.

Essa habilidade é mais do que simplesmente afirmar: antes era assim, agora é desse outro jeito.

Identificar semelhanças e diferenças em tempos e espaços históricos diversos (ou os mesmos) é ser capaz identificar o que diferencia determinado acontecimento, comportamento no mesmo lugar - ou não, no mesmo tempo - ou não.

EXEMPLO:

Quando se trata de pobreza e miséria um dos momentos históricos que geralmente são mencionados é a chamada Idade Contemporânea, mais especificamente o conteúdo da Revolução Industrial.

As transformações que a revolução técnica causou criaram um mundo marcado pela prosperidade material para alguns (os donos dos meios de produção, a burguesia industrial) e a pobreza e miséria para outras/os (a força de trabalho, o proletariado).

As condições de miséria levaram tanto a reações quanto a reflexões e, a partir daí, ocorreram o movimento dos quebradores de máquinas, dos cartistas e as reflexões (que se desdobraram em ações) socialistas.

O ENEM pode solicitar que IDENTIFIQUEMOS nestes ESPAÇOS e TEMPOS diversos AS SEMELHANÇAS com o que temos nestas condições atualmente.

Temos miséria (SEMELHANÇA) mas com uma DIFERENÇA: o mundo no qual vivemos, superou a condição de sobrevivência e produzimos  alimentos suficientes para não ter mais fome no planeta.

Por extensão, vem a PROBLEMATIZAÇÃO: POR QUE ainda tem gente morrendo de fome? A QUEM INTERESSA a manutenção dessa ordem vigente?

Nesse sentido, cabe BUSCAR quais os desafios dos socialismos neste mundo.

Recentemente o papa Francisco deu uma declaração que pode nos ajudar a pensar sobre o assunto:

(...)
"Eu só posso dizer que os comunistas têm roubado a nossa bandeira. A bandeira dos pobres é cristã. A pobreza está no centro de o Evangelho", disse ele, citando passagens bíblicas sobre a necessidade de ajudar os pobres, os doentes e os necessitados.

"Os comunistas dizem que tudo isso é comunismo. Claro, vinte séculos mais tarde. Então, quando eles falam, pode-se dizer: 'mas então você é cristão'", disse ele, rindo.

Desde sua eleição, em março de 2013, Francisco tem frequentemente atacado o sistema econômico global como sendo insensível aos pobres e não fazer o suficiente para compartilhar a riqueza com aqueles que mais precisam.

No início deste mês, ele criticou a riqueza feita a partir de especulação financeira como intolerável e disse que a especulação com commodities era um escândalo que comprometeu o acesso dos pobres aos alimentos."


Pense FORA DA CAIXA


LEIA O TEXTO COMPLETO EM:

Papa afirma que comunistas são os cristãos não assumidos







sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O "SER DE ESQUERDA" E A AMPLIAÇÃO DO QUE VEM A SER ISSO - A FUNDAMENTAL CONTRIBUIÇÃO DE DELEUZE

Uma das frases mais repetidas nos últimos tempos é: 

"Não existe mais esse negócio de esquerda ou direita!" "isso está ultrapassado!"

Uma das formas pelas quais a ideologia se mantém e se reproduz é através da homogeneização das diferenças e ocultação das contradições. É fundamental considerar que esquerda / direita são mais do que posicionamentos políticos ou ideológicos. São formas de ser, estar e agir no mundo.

Ainda que o posicionamento ativo não pareça existir ou está tão diluído que podemos ver caminhando juntos, em alguns setores do nosso cotidiano político (e social), grupos, pessoas, partidos que, noutros tempos, sequer dividiriam palcos, muito menos uma coligação a situação que temos diante de nós pede uma reflexão além do que a vista alcança.

Já passou da hora de se repensar algumas posturas conciliatórias, que foram proveitosas noutro momento, para lembrar que a dinâmica social vai gerar a transformação e esse acordo conciliatório criou sua própria antítese exposta na composição de nossa casa legislativa.

O pensador Deleuze foi questionado sobre o que é ser de esquerda. Eis sua resposta:

"Acho que não existe governo de esquerda. Não se espantem com isso. O governo francês, que deveria ser de esquerda, não é de esquerda. Não é que não existam diferenças nos governos. O que pode existir é um governo favorável a algumas exigências da esquerda. Mas não existe governo de esquerda, pois a esquerda não tem nada a ver com governo. Se me pedissem para definir o que é ser de esquerda ou definir a esquerda, eu o faria de duas formas.

Primeiro é uma questão de percepção. A questão de percepção é a seguinte: o que é não ser de esquerda? Não ser de esquerda é como um endereço postal. Parte-se primeiro de si próprio, depois vem a rua em que se está, depois a cidade, o país, os outros países e, assim, cada vez mais longe. Começa-se por si mesmo e, na medida em que se é privilegiado, em que se vive em um país rico, costuma-se pensar em como fazer para que esta situação perdure. Sabe-se que há perigos, que isso não vai durar e que é muita loucura.

Como fazer para que isso dure? As pessoas pensam: “Os chineses estão longe, mas como fazer para que a Europa dure ainda mais?” E ser de esquerda é o contrário. É perceber... dizem que os japoneses percebem assim. Não veem como nós, percebem de outra forma. Primeiro eles percebem o contorno. Começam pelo mundo, depois o continente... europeu, por exemplo... depois a França, até chegarmos à rue de Bizerte e a mim.

É um fenômeno de percepção. Primeiro percebe-se o horizonte.

Entrevistadora: mas os japoneses não são um povo de esquerda.

Mas isso não importa. Estão à esquerda.

Primeiro, vê no horizonte e sabe que não pode durar, não é possível que milhares de pessoas morram de fome. Isso não pode mais durar. Não é possível essa injustiça absoluta. Não em nome da moral, mas em nome da própria percepção.

Ser de esquerda é começar pela ponta. Começar pela ponta e considerar que estes problemas devem ser resolvidos. Não é simplesmente achar que a natalidade deve ser reduzida, pois é uma maneira de preservar os privilégios europeus. Deve se encontrar os arranjos, os agenciamentos mundiais que farão com que o terceiro mundo... ser de esquerda é saber que os problemas do terceiro mundo estão mais próximos de nós do que os de nosso bairro. É de fato uma questão de percepção.

Não tem nada a ver com a boa alma. Para mim, ser de esquerda é isso.

E, segundo, ser de esquerda é ser ou devir minoria. Não deixar devir minoritário. A esquerda nunca é maioria enquanto esquerda por uma razão simples: a maioria é algo que supõe, até quando se vota, não é só a maior quantidade que vota para tal coisa mas a existência de um padrão. No ocidente, o padrão de qualquer maioria é: homem, adulto, macho, cidadão. Ezra Pound e Joyce disseram coisas assim. O padrão é esse.

Portanto, irá obter maioria aquele que, em determinado momento, realizar este padrão. Ou seja, a imagem sensata do homem adulto, macho, cidadão. Mas posso dizer que a maioria nunca é ninguém. É um padrão vazio. Só que muitas pessoas se reconhecem nesse padrão vazio. Mas, em si, o padrão é vazio. O homem macho, etc...

As mulheres vão contar e intervir nesta maioria ou em minorias secundárias a partir de seu grupo relacionado a este padrão. Mas, ao lado disso, o que há? Há todos os devires que são minoria. As mulheres não adquiriram o ser mulher por natureza. Elas têm um devir mulher. Se elas têm um devir mulher, os homens também o têm. Falamos do devir animal. As crianças também têm um devir criança. Não são crianças por natureza. Todos os devires são minoritários.

Entrevistadora: só os homens não têm um devir homem...

Não, pois é um padrão majoritário. É vazio. O homem macho, adulto não tem devir. Pode devir mulher e virar minoria. A esquerda é o conjunto de processos de devir minoritário. Eu afirmo: a maioria é ninguém e a minoria é todo mundo. Ser de esquerda é isso: saber que a minoria é todo mundo e que é aí que acontece o fenômeno do devir. É por isso que todos os pensadores tiveram dúvidas em relação à democracia, dúvidas sobre o que chamamos de eleição. Mas são coisas bem conhecidas".

Pense FORA DA CAIXA.

Eis o vídeo com a resposta do pensador:





sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PRIVATIZAÇÃO - O QUE É, COMO SE FAZ E SEUS RESULTADOS

Palavra fácil nos discursos políticos recentes, privatização é mais que doce conceitual na boca da galera. Entender o que é e, principalmente, seus resultados, é fundamental para a tomada de decisões eleitorais que se aproximam e para entender projetos políticos anteriores e vindouros.

1. O QUE É

Privatização é quando se vende um setor da economia para empresas ou grupos que podem ser nacionais ou internacionais. Essas empresas passam a prestar o serviço que antes era realizado pelo Estado.

2. POR QUE ACONTECE

É comum se afirmar que privatizações são realizadas pois o Estado não consegue prestar o serviço com qualidade. A privatização acontece, então, para que um grupo ou empresa faça o que o Estado não tem condições de fazer.

3. POR QUE REALMENTE ACONTECE

As privatizações acontecem, na verdade, para atender aos interesses do capital, principalmente internacional. Grupos que compram o direito de explorar setores da economia o fazem pois são setores financeiramente rentáveis - MUITO RENTÁVEIS.

Os investimentos que são feitos e que melhoram a condição do serviço ou ampliam a exploração do setor não são realizados com objetivos de melhorar a economia do  país ou a qualidade de vida da população que efetivamente precisa de serviços melhores.

São o mínimo de investimento que deve ser feito para ter retorno várias vezes maior.

4. COMO ACONTECEM

São realizados leilões através dos quais as empresas/grupos interessados dão lances a partir de um valor mínimo.

5. QUAIS OS PROBLEMAS DAS PRIVATIZAÇÕES

São vários, mas tratemos dos mais simples:

a. o rendimento que as empresas privatizadas têm é infinitamente superior ao valor pelo qual foram vendidas. Você pensou, provavelmente: "mas foi porque as empresas investiram"...

Sim, até foi. O que chamo atenção é para o fato de que os setores que foram privatizados, se recebessem o investimento necessário, renderiam para o Estado -  por extensão para o população - esses lucros que seriam reinvestidos em infra-estrutura para a própria população.

A Cia Vale do Rio Doce nos dá exemplo interessante: foi vendida por três bilhões de dólares. Sabe qual foi o faturamento da empresa depois? Eu te digo: dez bilhões de dólares.

Considere que o projeto da Vale implicava a ampliação de extensa malha ferroviária que serviria tanto para o transporte do minério extraído quanto da população. Ou seja: qualidade de transporte.

b. empresas privatizadas visam o lucro - apenas. Pense um pouco mais: quando ocorrem crises e grassa o desemprego, o que temos notícias: demissões em massa em empresas particulares. Se há possibilidade de redução de lucros, a ação das empresas que administram as privatizadas é demitir. O motivo? Reduzir a folha de pagamento.

6. HÁ SOLUÇÃO?

Sim. Algumas delas são indigestas para as empresas/grupos que ganharam os leilões: encampamento ou nacionalização, ou seja: o Estado retomar o controle e EFETIVAMENTE administrar o setor da economia objetivando atingir o bem-estar da população.

7. O QUE PODEMOS FAZER?

Reagir contra privatizações. Se informar. Engrossar os movimentos sociais para ampliação de direitos e impedir retrocessos. A democracia está sempre sob ataque e o que aparenta ser bom para a democracia pode esconder retorno a situações de ampla miséria.

Há muitos discursos em favor da privatização e que se esquecem dos resultados que o Brasil ainda está tendo depois do ciclo de ataques contra o Estado iniciado com o governo de Collor.

O documentário PRIVATIZAÇÕES - a distopia do capital, de Silvio Tendler, pode nos ajudar a lembrar como foram feitas as privatizações no país e seus resultados, além de inseri-las no contexto de ação do neoliberalismo no mundo.

É um assunto espinhoso, mas que diz respeito ao nosso bem-estar.

Pense FORA DA CAIXA.












segunda-feira, 13 de outubro de 2014

ESQUEMA MONSTRO SOCIOLOGIA - Instituições Sociais

Quando nascemos iniciamos o processo de socialização, ou seja, o processo através do qual aprendemos como devemos viver em sociedade.

Desde a maneira de expressar dor, alegria, prazer até as reações diante das situações do cotidiano são parte do processo de socialização que tem várias instâncias. Essas instâncias são produzidas, mantidas e reproduzidas pelas INSTITUIÇÕES SOCIAIS.

INSTITUIÇÕES SOCIAIS são o conjunto de normas, regras, atitudes, comportamentos que devemos seguir e que são elaborados e reproduzidos através da família, das religiões, da educação e do Estado.

Cada uma atua individualmente mas em relação com as outras.

Eis o ESQUEMA MONSTRO - INSTITUIÇÕES SOCIAIS com as informações iniciais para você compreender o que são e como agem.

Passe adiante.

Pense FORA DA CAIXA


sábado, 11 de outubro de 2014

ESQUEMA MONSTRO MOVIMENTOS SOCIAS



Passe adiante.

Pense FORA DA CAIXA.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

DILMA, AÉCIO, O POVO BRASILEIRO & EU

 Professor, o senhor não vai votar em Dilma, não, né?

Professor, o senhor é comunista, é?

Professor, o senhor é anarquista? Defende os black blocs?

Vixi, professor! O senhor é desses que querem que todo mundo seja pobre, é?

Essas perguntas e outras muito parecidas fazem parte do cotidiano de professoras/es de História, Filosofia, Sociologia, Geografia ou de qualquer professor/a que demonstre algum engajamento com questões sociais.

Como estamos em período eleitoral é aí que a situação fica mais tensa. As conversas políticas – sobre políticas – tomam conta da sala de professoras/es chegando até as salas de aula. Um prato cheio para pesquisas sócio-antropológicas devido aos posicionamentos mais contraditórios, incoerentes, divergentes e, por que não dizer, bizarros de quem, em teoria, deveria contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico de dezenas de estudantes.

Um entendimento equivocado do que escreveu Paulo Freire leva muitxs professorxs a doutrinarem suas turmas afirmando que tal ou qual candidata/o é o melhor para o país. Por mais ansioso que esteja, por mais preocupado que me sinta em relação ao futuro do Brasil, não tenho o direito de forçar minhas turmas a verem o mundo da maneira que eu vejo.

Tenho a obrigação de expor para as turmas as possibilidades de posicionamento político, devo lhes garantir contato com a  instrumentação teórica para problematizar a realidade social e DESNATURALIZAR raciocínios que contribuem para a manutenção de desigualdades.

É válido considerar que muitos países considerados por muitas pessoas deste Brasil como exemplos a serem seguidos tem políticas públicas de transferência de renda como as que estão sendo ampliadas pelos governos do PT, sendo estas inclusive vistas com bons olhos lá fora.

Por determinadas classes sociais e grupos de mídia é que há ações de depreciação ao que está sendo implementado. Não é novidade: há alguns anos, Brizola enfrentou oposição ferrenha desses grupos e ele também era respeitado “no estrangeiro”.

Algumas críticas repetem a cantilena de que o Brasil parou de crescer, que a inflação está fora de controle. Usando o raciocínio que aplico em sala de aula me pergunto quantas dessas pessoas sabe exatamente de que crescimento econômico se está falando, como ele afeta a vida delas e uma, bem importante: quantas sabem O QUE É INFLAÇÃO?

Algumas afirmam que a economia vai mal, mas eu pergunto: como pode ir tão mal uma economia que garantiu que o Risco Brasil (explicando: é o nível de risco de investimentos no país por parte “do estrangeiro”) caísse de 1446, em 2002, para 224 em 2013?

Vamos aos bancos: o Banco do João, da Maria, do Antonio e do Pedro – do Brasil teve rendimento de dois bilhões de reais em 2002 e, ano passado, de 15,8 bilhões de reais. E o banco dos poupançudos, a Caixa, em 2002 teve lucro de 1,1 bilhão de reais e, ano passado, foram 6,7 bilhões de reais de lucro.

Lei básica do liberalismo clássico, aquele de Adam Smith, oferta e procura: em 2002 foram produzidos 1,8 milhões de veículos. Ano passado: 3,7 milhões de motorizados. Se há produção é porque há demanda.

Mas você poderá dizer que tá difícil a vida do empresariado nacional, então, sobre falências: FHC – 25.587, Lula e Dilma – 5.795, em média.

Decidi expor esses dados não mencionam as questões sociais. O motivo: esse texto está direcionado para a população que não é rica (os chamados pobres de direita ou pobres conservadores), pois anseiam serem ricos e desprezam a própria condição.

O governo do PT não foi socialista, nem foi comunista. Aplicou elementos de capitalismo que os dados mostram. Não apresento argumentos emocionais, apresento dados com o objetivo de reduzir as argumentações em favor de Aécio porque a economia vai mal, tem muita empresa falindo etc, etc.

Mas você pode querer tratar das políticas públicas e abordar os problemas que os programas assistenciais tem. Ok, vamos lá: políticas públicas existem para colocar em funcionamento o que a Constituição estabelece, pois, o fato de estar no texto da Carta Magna que o governo deve garantir saúde, educação de qualidade não quer dizer que estas serão implementadas. É aí que são elaboradas as políticas públicas, para se fazer cumprir a Lei.

São perfeitas? Não, mas a política é o campo do que sempre está em construção. Querer que políticas públicas sejam perfeitas é uma ingenuidade. E parte dessa ingenuidade foi embora quando vieram ao conhecimento público o mensalão e outras denúncias de corrupção. O PT decepcionou, sim, mas a causa é maior que qualquer partido.

Muitas pessoas que apoiavam ou militavam pelo PT saíram do partido – com todo direito – e se transformaram em antipetistas viscerais, chegando ao ponto de apoiar Aécio e cia limitada. Têm todo direito disso, mas me incomoda identificar pouca maturidade política para lidar com essa frustração.

A causa é maior que qualquer partido. Lembro que quando foram denunciados os crimes de Stálin ocorreu uma grande saída de membros do Partido Comunista, incluindo grande nomes da literatura e da política brasileira. Marighella, que foi assassinado durante o regime civil-militar, afirmou que deveriam os socialistas ficarem e reformarem o Partido e não abandonarem a causa – que não é uma ou duas pessoas, muito menos um partido.

Sigo essa postura de Marighella. E é por segui-la que escolho Dilma, porque o projeto que ela deu continuidade é o que mais realizou as mudanças sociais que eram necessárias para a vida de centenas de pessoas. O grupo de Aécio, historicamente, não teve essa sensibilidade.

Pense FORA DA CAIXA.


SONHAR - Tom Zé




Sonhar o pão
Toda a manhã
E ser aquele que mastiga
Sonhar o gosto
Do alimento
Se misturando na saliva
Aquele aroma
Que a gente sente
Pó de café na água quente
Sonhar escola
Senhor São Bento
Sonhar o tal discernimento
Sonhar a besta
Que em seu fastio
A fúria do começo viu
Sonhar o fogo
Do quilarão
Que veio do ainda-não
Gratia plena
Vida terrena
O céu aqui a gente pare
Filii tui
Na via crucis
Per mare nostrum navigare
Iê iô
Ié quá foguê
Sonhar a porta
Da esperança
O entra e sai da vizinhança
Sonhar o curso
Do marinheiro
Que viajou o mundo inteiro
Sonhar a lenda
Por cuja fenda
Sabedoria nos assalta
Sonhar o mito
Que em todo o rito
O filho ao parricídio ata
Iê, iô
Ié quá foguê (Bis)
De San Juãããã
ão dá dó de

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

SOBRE SOCIOLOGIA 1: Contexto histórico de seu surgimento



O momento que pode ser considerado o nascimento da Sociologia como ciência é o século XIX. Este século foi marcado por profundas transformações nas estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, tanto da Europa ocidental quanto do Brasil. Para o nosso interesse inicial, o que aconteceu na Europa terá um espaço maior.

Historicamente, o século XIX vivenciou o que foi designado como a Era das Revoluções. Revolução pode ser entendida como uma mudança radical, profunda. Para o que nos interessa, duas áreas foram especialmente afetadas momento: economia e política.

Tratemos de cada uma dessas áreas:

a. economia: a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL inglesa transformou radicalmente a maneira de produzir bens e distribuí-los, assim como a prestação de serviços; o modo de produção capitalista consolidou a divisão do trabalho em donos dos meios de produção e força de trabalho, gerando, através do trabalho nas fábricas, uma grande quantidade de operários explorados. Não apenas operários explorados como os que não foram integrados ao novo modelo, passaram a viver em péssimas condições de vida. Essa massa passou a ser vista como perigosa em potencial. É nessa sociedade que revoltas aconteciam e chamavam a atenção e geravam a necessidade de pensar sobre o que acontecia. Até aquele momento nenhuma das ciências humanas havia dado conta do que acontecia.

b. política: a REVOLUÇÃO FRANCESA, em 1789, alterou a política da França e repercutiu em outros locais da Europa ocidental e da América. A Revolução Francesa levou a burguesia para o comando da vida política francesa e com ela as idéias liberais. Foram criticadas a velha ordem política do Antigo Regime, o Estado Moderno, as estruturas feudais que ainda existiam.

Nessa conjuntura de transformações políticas e econômicas, devemos considerar que mesmo tendo origem nestes ramos, expandiram-se alterando praticamente a sociedade inteira. Suas repercussões se estenderam até o século XIX e é nesse contexto que apareceram as primeiras tentativas de reflexão acerca da sociedade, com maior cientificidade.

 Acesse o link e baixe o ESQUEMA MONSTRO - SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA


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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

LIBERDADE DE EXPRESSÃO / DIREITO À INFORMAÇÃO

 É comum afirmar-se que liberdade de expressão é direito de poder dizer qualquer coisa sobre qualquer pessoa ou instituição. Deve-se levar em consideração que qualquer expressão gera repercussões - que podem ser benéficas ou não.

A partir do momento que há liberdade de expressão deve haver também responsabilização pelo que se expressa, uma vez que o que é expresso pode incitar tanto atitudes de compaixão quanto crimes de ódio, atos de intolerância, que são danosos para o convívio em sociedade e para a própria democracia.

No link abaixo você pode baixar arquivo PDF com pontos básicos, fundamentais acerca da liberdade de expressão e do direito à informação.

Baixe.

Estude.

Compreenda.

Questione.

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MATERIAL LIBERDADE DE EXPRESSÃO / DIREITO À INFORMAÇÃO AQUI


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

MÍDIA E AGENDAMENTO DO QUE SE FALA E PENSA SOBRE POLÍTICA E POLÍTICAS/OS

Em recentes exibições, o jornal nacional da rede Globo de televisão entrevistou as candidatas e os candidatos ao cargo de presidente da república tupiniquim e o que chamou atenção logo de início foi a virulência do posicionamento de seu apresentador Willian, o Bonner.

Com ataques celebrados por muitas/os telespectadoras/es, pudemos ver constrangimentos de várias ordens. Ele, o Bonner, pontuou desde obras ampliadoras de valor de terras, passando por nepotismo e questionamento da eficiência em escolher "pessoas certas" para cargos de confiança.

Palmas! (ecoaram de vários locais do país) e vaias também (de pessoas que lidam com jornalismo com alguma seriedade).

É fundamental que se procure pensar acerca desse posicionamento aparentemente justiceiro e correto do telejornal - e, por extensão, da emissora.

O que seria mais produtivo politicamente seria o direcionamento da suposta entrevista para a apresentação dos projetos de cada concorrente. Se era para intervir na fala que fosse para pedir a quem fala que parasse de "vender o peixe" falando de si ou do que antecessores abruptamente tirados do pleito fizeram.

A exposição detalhada dos planos de governo ampliaria a percepção acerca da/o candidata/o.

"Esfregar" na cara que houve corrupção, nepotismo, valorização de terras familiares em nada contribui para mudanças efetivas na política, apenas reforça a ideia de que a política nacional é território de pessoas mais interessadas em suplantar o interesse público pela satisfação das necessidades particulares.

Assim, posturas "justiceiras", supostamente defensoras dos interesses da nação podem ser entendidas mais como um posicionamento que objetiva alçar a imprensa como legítima defensora da moralidade na política, afinal, quando necessário ela "colocou o dedo na cara" de corruptas/os.

Programas de TV como o CQC, da rede Bandeirantes, a do Tas, contribuem tanto quanto a postura do William, o Bonner para agendar a sociedade no fortalecimento da postura contrária a qualquer política, inclusive a partidária (principalmente esta).

É uma forma simples de pensar, mas difícil de se levar em conta: se efetivamente todas as pessoas envolvidas em política fossem desonestas, mal teríamos avançado em pontos básicos da vida social.

Tanto o telejornal, o nacional, quanto o pseudo-jornalístico-humorístico CQC contribuiriam muito mais para a sociedade se "remassem contra a maré" e mostrassem para suas audiências que há pessoas honestas para quem a política é o que pode garantir mudanças, para além do interesse particular.

Contribuiria inclusive para a formação de muitas/os colegas de profissão que, por vários motivos, acreditam piamente que telejornais, determinadas revistas ditas de informação são propagadoras de verdades.

E aos estudantes, bem, para estas/es, ainda haveria possibilidades de formação crítica para além da crítica por criticar.

Logo abaixo você pode assistir ao esquete da cia de comédia Os Melhores do Mundo que trata de política e eleições. Pode ser ferramenta interessante para rever alguns raciocínios.

Pense FORA DA CAIXA.