A frase desse post é uma paródia da frase mais famosa do pensador René Descartes "Penso, logo existo". Descartes é considerado o fundador da filosofia moderna e sua frase figura como uma das mais reproduzidas do universo filosófico. Quantas turmas concluintes do ensino médio já vi utilizando-a em suas camisas de terceiranistas? Várias!
Para Descartes, nossos sentidos nos enganam constantemente. Se você, alguma vez, gritou o nome de algum(a) conhecido(a) na rua ou no shopping ou mesmo no cinema e, depois, viu que não era quem você esperava (e ficou morrendo de vergonha), então entende o posicionamento dele e sua desconfiança dos sentidos.
Essa situação pode nos levar ao estado da dúvida suprema, absoluta e tudo passa a ser passível de questionamentos. Não haveria verdade a partir dos sentidos porque os sentidos sempre serão enganadores. O que fazer, então? Descartes desenvolveu um raciocínio para se precaver dessa dúvida quase imobilizadora.
Para lidar com essa questão, ele desenvolver a seguinte pergunta: o que você quer fazer pode ser fruto da vontade de um gênio maligno que te faz acreditar que a vontade é sua? Se você respondeu "sim", então não faça, pois é uma ação duvidosa. A partir daí, você existe porque só o que existe pode duvidar e como duvidar é pensar, então o ato de pensar é a certeza de existir. Eis, o ponto de partida de "Penso, logo existo".
Posteriormente, Descartes deixou de lado o "penso, logo existo" e afirmou "Eu sou, eu existo", mas esse é um assunto para outra postagem!
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