PRIMEIRA ATITUDE: IDENTIFICAR no mapa onde fica o ORIENTE MÉDIO
SEGUNDA ATITUDE: IDENTIFICAR termos que frequentemente são associados à região:
ORIENTE MÉDIO
Expressão que define a região que compreende o nordeste da África, a parte ocidental da Ásia e a Turquia europeia. Foi usada pela primeira vez em 1902, o que marca a ação dos interesses petrolíferos das grandes potências na região.
ÁRABES
Nascidos da península arábica e/ou norte da África.
PALESTINOS
Os que estavam na Palestina depois da saída dos hebreus e antes da criação do Estado de Israel e afirmam serem os legítimos “donos” da região.
ISRAELENSES
Nascem no Estado de Israel; descendem dos hebreus/judeus.
MUÇULMANOS
Os que são adeptos do Islamismo – religião criada por Maomé
SUNITAS
Muçulmanos que defendem a utilização do Corão e da Suuna como livros sagrados do Islamismo. Não defendem uma aproximação Estado e religião.
XIITAS
Adeptos do Islamismo que defendem que o califado deve ser liderado por um descendente de Ali. Defende também que a política e a religião devem estar juntas.
FUNDAMENTALISMO
Pode ser entendido em uma perspectiva política, caracterizada por buscar resgatar o Estado teocrático com o sagrado sobrepondo-se ao laico. Toda a existência social deve ser subordinada às regras religiosas. Em sua perspectiva religiosa, o fundamentalismo defende a revalorização da tradição, ou seja, fidelidade ao credo em suas origens, “levar ao pé da letra”, por exemplo, escrituras sagradas da fé a que se dedica.
TERRORISMO
Palavra bastante em voga desde o início do século XXI. A imagem das torres gêmeas ainda aparece nos noticiários fazendo muita gente se assombrar e sentir insegura diante de pessoas que sacrificam a própria vida em prol de um deus entendido como malvado e cruel. Essa visão propagada pelos meios de comunicação traz a tona o discurso da luta do bem contra o mal, sendo o bem o mundo judaico-cristão e seu oposto os povos do oriente médio, geralmente percebidos como fanáticos, bárbaros, exóticos etc.
Terrorismo não tem uma definição precisa. Podemos levar em consideração, porém, que existem características semelhantes nos atos terroristas: morte e destruição são causadas com objetivos políticos. Desde o assassinato de um estadista até a destruição de símbolos nacionais, as motivações políticas estão presentes. Lutas por independência, por liberdade contra a opressões são parte dos ingredientes do terrorismo.
Em 11 de setembro de 2011, o World Trade Center, nos EUA, foi atacado e as torres gêmeas foram derrubadas por terroristas que sequestraram dois aviões. Outro alvo dos terroristas era o Pentágono, que quase foi atingido pela ação.
O uso de tecnologias de destruição em massa e a presença de líderes carismáticos garantem, também, a letalidade e a participação de muitas pessoas, respectivamente. A necessidade, entretanto, não deve ser supervalorizada como fator que contribua para a adesão a ideias terroristas: muitos países pobres ou não sofrem ou sofrem pouco terrorismo. Considere também que muitos líderes e soldados terroristas são oriundos de famílias de classe média ou muito rica, caso da família Bin Laden.
NO SÉCULO 20
APÓS a segunda guerra mundial (1939-45), com a derrota das forças militares do Eixo (Alemanha, Itália, Japão), fortaleceu-se o sionismo, um movimento que defendia a criação de um Estado judeu. Esse movimento teve em Theodor Herzl seu incentivador. Com a ocorrência do Holocausto ficou mais presente essa possibilidade como uma espécie de “compensação” para os judeus pelo acontecido. Muitas reuniões foram realizadas e o Estado de Israel foi criado em 1948. A festa tomou conta da comunidade judaica internacional, afinal, depois de séculos de peregrinação o sonho de muitos finalmente se realizava. Todavia, das fronteiras do recém criado Estado partiu uma ofensiva militar que foi o primeiro do que se convencionou chamar de conflitos árabe-israelenses.
a) guerra de independência do Estado de Israel (1948-9).Iniciada logo após a fundação do Estado, esse conflito contou com uma vantagem inicial árabe configurada nos exércitos do Egito, Síria, Líbano, Transjordânia e Iraque. Apesar da vantagem inicial, a força árabe era descoordenada. Junte a isso a resistência e o apoio financeiro da comunidade judaica internacional, o que garantiu a vitória israelense. Ao final deste conflito surgia a questão palestina.
b) guerra do canal de Suez (1956). Foi iniciada a partir da ação de Gamal Abdel Nasser, do Egito, de nacionalizar o canal de Suez, que fora construído em conjunto com a França. Inicialmente teria sido apenas um problema entre egípcios e franceses, mas Nasser ostentou o discurso árabe anti-israelense. Uma força militar conjunta de franceses, ingleses e israelenses atacou e venceu as tropas egípcias. Para o Egito ficou o prestígio entre as nações árabes.
c. guerra dos seis dias (junho de 1967). O nome deste conflito relaciona-se ao ataque fulminante israelense que derrotou as forças da Síria e do Iraque em apenas seis dias de ação. Relaciona-se a crescente tensão entre árabes e israelenses e a eclosão de movimentos terroristas árabes.
d. guerra do Yom Kippur ou dia do perdão (1970). No início dos anos 1970, o Estado de Israel sofria pressão internacional pois não tinha devolvido os territórios tomados e também pela política de colonização estabelecida em relação aos palestinos. Aproveitando o feriado do dia do perdão, Síria e Egito atacaram Israel e tomaram as Colinas de Golan e quase toda a faixa de Gaza, respectivamente. Ao final do conflito foi estabelecido que o Sinai seria devolvido ao Egito, o que aconteceu apenas em 1982 e as colinas de Golan foram anexadas definitivamente a Israel. As principais repercussões desse conflito foram regionais – Egito e Israel negociaram diretamente – e mundiais – os países árabes cortaram o fornecimento de petróleo aos aliados de Israel.
OUTROS ACONTECIMENTOS
a) Irã X Iraque (1980-8). Conflito pela região do Chatt al-Arab mas que também é revelador do jogo de interesses das potências internacionais. O Irã passou por um processo revolucionário que restaurou o governo tradicionalista religioso sob o comando do aiatolá Ruhollah Khomeini e este passou a denunciar tanto a URSS quanto os EUA. Aproveitando o processo revolucionário iraniano, o Iraque, sob o comando de Sadam Hussein, invadiu o Irã. Países ocidentais venderam armas para o Iraque pois temiam que a revolução iraniana se espalhasse. Só em 1988 é que a guerra foi encerrada quando o Irã, sofrendo várias derrotas, passou por negociações com o rival.
b) guerra do Golfo (1990). Em agosto de 1990 o Iraque invadiu o Kuwait justificando tal ato com a retificação de fronteira que aumentaria sua saída para o golfo pérsico. Além disso o Iraque queria o cancelamento da dívida contraída com o país árabe na época do conflito contra o Irã. Protagonizando uma reviravolta, Sadam anunciou-se defensor do Islã e reatou com o Irã em troca do apoio dos aiatolás. A ONU autorizou a ação militar contra o Iraque que ficou conhecida como tempestade no deserto. Cinco semanas de intenso bombardeio levaram ao fim do conflito em fevereiro de 1991.
c) Intifada. (1987 e 2000). Foram movimentos de reação aos desmandos do Estado de Israel, que oprimia os palestinos. Sendo que, em 1987, a reação foi contra os militares israelenses e, em 2000, ligou-se a negação de Yasser Arafat de assinar um acordo de paz e a caminhada de Ariel Sharon (primeiro ministro israelense) entre templos e mesquitas muçulmanas.
d) Questão Curda. De origem indo-européia, os curdos vivem numa região muito rica em petróleo espremida entre as fronteiras da Síria, Turquia, Iraque, Armênia e Irãque forma o Curdistão. Lutando por sua independência, desde o século XVI, tiveram todas as suas tentativas de emancipação reprimida com bastante violência. Em 1991, por exemplo, após,a 2º Guerra do Golfo, houve uma tentativa que foi abafada prontamente pelas forças iraquianas. A violência só terminou com a interferência da ONU, que criou uma zona de segurança na região, protegida por cera de 20 mil soldados. Eles formaram um grupo de orientação socialista chamado de Partido Trabalhista Curdo (PKK).
Pense FORA DA CAIXA.
Tenha HISTÓRIA NA CABEÇA.
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