Foi marcado politicamente pela disputa entre o grupo dos políticos liberais e dos conservadores, que na prática apenas se interessavam pela ocupação dos cargos políticos.
As eleições do período eram conhecidas como eleições do cacete, devido a violência e fraude constantes.
O governo de D. Pedro II foi marcado também pelo parlamentarismo às avessas: o primeiro-ministro era escolhido pelo imperador, mas não possuía total liberdade para atuar, uma vez que ainda existia o poder moderador, que tornava possível a dissolução do poder legislativo quando o monarca bem quisesse.
A disputa entre liberais e conservadores só foi amenizada no período entre 1854 e 1868, no qual eles governavam juntos através de acordos políticos. Era a chamada era da conciliação
A PRAIEIRA – 1848
Foi a última manifestação das instabilidades políticas do Império.
O Partido da Praia divulgava suas idéias através do jornal Diário do Povo.
O estopim da revolta foi a nomeação de Herculano Ferreira Pena para o governo de Pernambuco no lugar de Chichorro da Gama.
Os praieiros divulgaram seus planos através do Manifesto ao Mundo:
a. voto livre para todo brasileiro
b. liberdade de imprensa
c. fim do poder moderador
d. garantia de trabalho para todo brasileiro
Guerra contra o Paraguai 1865-70
A guerra contra o Paraguai tem algumas explicações e bastantes polêmicas: a mais estabelecida é a que firma que o modelo de desenvolvimento paraguaio desagradava ao capitalismo inglês.
O estopim da guerra, para o Brasil, foi o aprisionamento do navio Marquês de Olinda que navegava próximo a Assunção.
As principais conseqüências para o Brasil:
a. desmantelamento econômico
b. dependência, para defesa do território, dos militares, até então considerados uma categoria secundária em face do elemento civil
ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA
As pressões inglesas e a expansão do capitalismo foram fatores relevantes para o processo de abolição da escravatura no Brasil
- as leis:
a. Bill Aberdeen – 1845
b. Eusébio de Queiroz – 1850
c. Ventre Livre – 1871
d. lei dos Sexagenários – 1885
e. lei Áurea – 1888
CRISE DA MONARQUIA
Resultou de várias questões:
a. abolicionista. Antigos senhores de escravos passaram a apoiar a república após a abolição
b. republicana. A partir de 1870, o republicanismo ficou mais forte e com formação mais sólida; foi lançado o Manifesto Republicano
c. militar. Foi o conjunto de divergências ocorridas entre o exército e o governo. Não aconteceu de uma hora para outra, sendo parte do processo de mudanças políticas que se configurava no Brasil desde o fim da guerra contra o Paraguai. Após o fim desta, parte das forças militares foi desmobilizada, ficando o exército com aproximadamente 15 mil membros. Deve-se considerar que mesmo tendo realizado feitos supostamente heroicos, os militares não tinham direito de participar politicamente do Estado imperial. Não havia, também, uma política de aperfeiçoamento e os ressentimentos se acumulavam.
A tensão se intensificou a partir de 1886, quando, no Piauí, um oficial foi censurado pelo coronel Cunha Matos por ter cometido uma falha de rotina. Simplício de Resende, deputado, defendeu o oficial, atacando o coronel. Este, por sua vez, afirmou que a culpa era do ministro da guerra, Alfredo Chaves, que o puniu com prisão por 48 horas.
Pouco depois, no mesmo ano, outro coronel, Sena Madureira, fez manifestações pró-abolicionismo e foi censurado por um senador, Franco de Sá. Sena Madureira respondeu através do jornal e foi punido pelo ministro da guerra.
A tensão entre governo e exército se intensificou quando o marechal Deodoro da Fonseca criticou o ministro da guerra por censurar um militar que era, antes de tudo, um cidadão. Os políticos liberais enxergaram a possibilidade de atingir o gabinete do Barão de Cotegipe e apoiaram as críticas militares ao Estado imperial.
Foi fundado o Clube Militar, com a presidência do mal. Deodoro da Fonseca. Através do clube expressavam seus pontos de vista e atraíam olhares de insatisfação do poder imperial. Pequenos incidentes aconteceram ampliando a tensão e intensificando o desejo dos militares de participar da vida pública afastando os civis dos postos de donos do destino da nação.
d. religiosa. A partir de uma proibição de D. Pedro II de permitir que D. Vidal e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belém, respectivamente, punissem irmandades religiosas que apoiavam maçons, o império foi perdendo gradativamente o apoio de setores da Igreja Católica. Os bispos foram presos e libertados posteriormente, todavia, o estrago na popularidade de imperador já estava feito.
Percebendo a situação, o imperador realizou algumas reformas:
a. liberdade de credo
b. autonomia provincial
c. fim da vitaliciedade do senado
d. liberdade de ensino e seu aperfeiçoamento
Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca comandou uma tropa de soldados que depôs o gabinete Ouro Preto, formando a República dos Estados Unidos do Brasil e encerrando o II Império brasileiro.
ECONOMIA
As transformações:
a. mudanças no eixo econômico das regiões agrícolas do nordeste para áreas do centro-sul
b. desenvolvimento de um novo gênero: o café
- a produção de café dividiu-se em dois setores:
a. tradicional. Assim chamado por utilizar mão-de-obra escrava. Localizado no vale do Paraíba e na Baixada Fluminense.
b. moderno. Utilizou mão-de-obra imigrante européia e estava localizada no oeste paulista; contou com a terra roxa, altamente fértil. Os imigrantes eram trazidos através do sistema de parceira, em que os europeus dividiriam as despesas da viagem com os fazendeiros e trabalhariam, até pagá-las. Na prática isso não acontecia: o regime de trabalho muito se assemelhava ao escravo. O senador Nicolau de Campos Vergueiro foi o primeiro agricultor a trazer estrangeiros para o Brasil nesse regime de trabalho (entre 1847 e 1857).
Pense FORA DA CAIXA.
Tenha HISTÓRIA NA CABEÇA.
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