As recentes rebeliões de detentos no Complexo do Curado e na penitenciária Barreto Campelo, em Pernambuco, reacenderam discursos de vingança contra encarcerados.
Não se para, entretanto, para pensar nas condições em que são lançadas as pessoas que cometem crimes e que, se o objetivo da prisão era gerar reflexão acerca do que foi feito e assim "se ressocializar", nada disso é conseguido.
Parece, na cabeça e na fala de quem invoca a violência contra as/os encarceradas/os, que estas/es são naturalmente ruins, perversos e nada mudará a "natureza" dessas pessoas.
Amplie seu pensar: NINGUÉM NASCE CRIMINOSA/O! O que se afirma crime em uma sociedade é parte do complexo moral historicamente criado para dar coesão ao convívio social - ou seja: é o que foi estabelecido para garantir que a vida em sociedade seja segura para todas/os. (Há muito para se pensar aqui, assunto para próximas postagens)
Para entender ainda mais: afirmar que aquelas pessoas são "naturalmente" criminosas é afirmar algo do tipo: um criminoso macho copulou com uma criminosa fêmea e desse ato nasceu um filhote criminoso que desde a mais tenra idade vai cometer crimes pois está na sua "natureza", assim como um gato mia e um cachorro late.
Sociologicamente equivocado esse tipo de pensamento.
Convido você a assistir esse trecho de um documentário sobre o caso do ônibus 174 em que são mostradas as condições nas quais se "vive" nas cadeias e penitenciárias da maior parte do Brasil.
Nessas condições, fica a pergunta: por que não se revoltar?
pense FORA DA CAIXA com o professor Salviano Feitoza
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